domingo, 28 de setembro de 2014

Poutine no Quebec

Montreal é uma cidade repleta de imigrantes, por isso encontramos pratos típicos de quase todos os países por aqui. Restaurantes franceses, gregos, chineses, koreanos, italianos, brasileiros, turcos, libaneses... são fáceis de serem encontrados. É claro que o fast-food americano está presente, porque afinal eles estão pelo mundo inteiro. Aqui, as principais refeições são o café da manhã e a janta. No almoço um sanduíche, um wrap ou uma salada são suficientes. Semelhante ao Brasil, o horário de almoço é curto e ninguém tem tempo de ir para casa almoçar. Por isso os québécois deixam para fazerem os pratos mais elaborados à noite, e não ache estranho se te convidarem para jantar às 18h. 

A comida do Quebec tem forte influência francesa e americana, porém é bem apimentada. O prato típico da região chama-se Poutine. São batatas fritas com queijo e um molho especial (que ninguém revela). É uma comida gordurosa e, na maioria das vezes, apimentada.


A paixão dos québécois pelo poutine é tão grande que fez grandes redes de fast-food como McDonalds e KFC adotarem o prato no cardápio na região do Quebec. Em outras cidades do Canadá também é possível encontrar o poutine, que é muito bem aceito pelos canadenses.


A origem da refeição e quem a criou é controversa, mas sabe-se que o poutine foi inventado em 1950. Muitos restaurantes em Montreal servem o prato mais pedido pelos moradores e turistas. Eu jantei em dois dos lugares mais populares de poutine e aqui vai a minha opinião.

Poutineville: O próprio nome já diz: Cidade do Poutine. Mil e uma opções para comer as batatas fritas de uma maneira mais saborosa. Pode ser com molho vegetariano, com carne, com frango, com legumes, de qualquer maneira. O que mais gostei é que podemos escolher exatamente o que queremos junto com o poutine. É a famosa maneira "monte seu prato como quiser". O preço é bom, cada prato custa, em média, $ 12. O restaurante está em dois endereços em Montreal: 1348 Beaubien Est e 1365 Ontario Est. 

La Banquise: Com certeza um dos lugares mais populares da cidade. O La Banquise sempre tem fila e fica aberto 24h. Há várias opções de poutine no cardápio, dessa vez optamos pela porção menor. Já aviso aos viajantes que a porção pequena é suficiente para as mulheres que comem moderadamente, caso contrário, deve pedir a maior. O preço é o mesmo da Poutineville. No cardápio tem hambúrgueres e saladas, mas é claro que você não pode sair de lá sem experimentar o prato mais pedido! Se a fila estiver muito grande, você pode optar por pegar a encomenda e comer em casa. Muita gente faz isso, e o serviço é bem rápido. 

Abaixo algumas fotos do poutine. 

Poutineville


La banquise
Poutine "La Rachel" no La banquise (esse é o pequeno..) 


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Toronto - outono de 2014

Toronto é a maior cidade do Canadá e também a que mais tem brasileiros. Isso foi possível observar andando pelas ruas, depois do inglês a língua que mais escutamos foi o português! 
Minha visão de Toronto não mudou muito desde a última vez que estive na cidade, no final de 2010. 

Uma cidade grande, cosmopolita, uma concrete jungle (selva de pedra), parecida com São Paulo. Evidentemente com o transporte público e a segurança em melhores condições.

Fomos de Montreal para Toronto de ônibus. A empresa é a mesma que usamos para Boston, Greyhound, porém a qualidade do transporte é mil vezes melhor. Um canadense nos explicou que nos Estados Unidos, ônibus é considerado transporte de pessoas bem pobres, por isso não se dedicam muito a renovar a frota. No Canadá, esse veículo não é diferente de nenhum outro, mas é importante para a população, por isso eles investem e renovam a frota com frequência. Foram seis horas de viagem com uma parada em Ottawa para trocar de ônibus. 
Aqui vão algumas dicas do que fizemos nos três dias na cidade.

1) Royal Ontario Museum: Sem dúvida um dos maiores do Canadá e o mais completo de Toronto. A exposição sobre a China, Coréia do Sul e Japão é enorme e faz com que a gente realmente se sinta na Ásia. Uma das salas explora a origem da civilização do país e expõe trajes de mais de 500 anos atrás. Eu já conhecia o museu, mas fiz questão de ir novamente. É um daqueles lugares que você tem que visitar várias vezes... Além de sempre ter novidades, a nossa percepção sobre as coisas muda também. O ingresso custa $ 16 para adulto e $ 14.50 para estudante. Nas sextas, das 16h30 às 18h30 custa $ 10 para adulto e $ 9 para estudante.

2) Casa Loma: Simplesmente um castelo de contos de fada no topo de uma colina. A casa de um falecido empresário é um dos museus mais visitados de Toronto. Henry Pellat era um jovem ambicioso que com 23 anos iniciou na carreira de businessman. Ele fundou a Toronto Eletric Light Company (Companhia de Energia de Toronto) em 1883. Os negócios foram crescendo e no ano de 1901 ele tinha 21 companhias de mineração e eletricidade. Em 1911, Pellat tinha uma fortuna de $ 17 milhões. Ele se reuniu com o arquiteto E.J. Lennox para construir o castelo dos seus sonhos. Após três anos e $ 3,5 milhões investidos, a Casa Loma ficou pronta. Na época, era a residência mais luxuosa da América do Norte. A Casa era ponto de encontro, reuniões e de muitas festas da família de Pellat. Ele e sua esposa eram engajados em muitos programas filantrópicos. 
Aos poucos a fortuna da família não foi suficiente para sustentar a magia da Casa Loma. Após decisões políticas, a empresa de energia pública ficou mais poderosa e a companhia de Pellat perdeu o monopólio. Depois da Primeira Guerra Mundial, e da crise econômica, Pellet devia para o banco $ 1.7 milhões ( o equivalente a $ 20 milhões nos dias de hoje). Pellat não teve escolhas e colocou a casa em um leilão para pagar as dívidas. A família se mudou para uma fazenda em 1924. A esposa do empresário morreu no mesmo ano com 67 anos e Henry Pellat morreu em 1939, aos 80 anos. O castelo é realmente dos sonhos e vale uma visita. Muitos filmes foram feitos lá, entre eles "X Men".O local é a famosa casa do professor Xavier no filme. 
Vale a pena pegar um áudio guia para fazer a visita! O ingresso custa $ 24 dólares e não tem desconto para estudante. 

3) Honest Eds: A primeira loja conhecida como "estabelecimento da barganha" no Canadá, é o Honest Eds. Enorme e com mil e uma opções. É preciso reservar pelo menos duas horas para ficar neste local. Entre as bugigangas é possível encontrar boas mercadorias. Eu achei um dicionário inglês-francês por $ 1.50! No local é possível comprar roupas, lembranças do Canadá,  até comida. Endereço: 581 Bloor St W

4) Chinatown e Kensington Market: A Chinatown de Toronto é enorme, cinco vezes maior que a de Montreal. Nas dezenas de lojas com quinquilharias podemos encontrar lembranças do Canadá em bom preço. Se você precisa comprar uma mala, deixe para procurar lá. São muitas opções e os preços são acessíveis.
Ao lado da Chinatown fica o Kensington Market, um bairro alternativo com dezenas de lojas nas ruas e restaurantes. Se você gosta de peças vintage, esse é o lugar certo. Tanto roupas como móveis para casa são vendidos no local. É interessante dar uma volta no bairro porque ele não é muito turístico, é mais frequentado por quem é da cidade mesmo. 

5) Cirque du Soleil: Muitos não sabem, mas o Cirque du Soleil foi inventado em Montreal, em 1984, por dois artistas de rua. Os grupos de diferentes espetáculos viajam pelo mundo, por isso não é certo que em Montreal você consiga ver uma ap resentação. O melhor é acompanhar pelo site: http://www.cirquedusoleil.com/en/home/shows.aspx
Assistimos, em Toronto, o espetáculo Kurios. A história se passa dentro de um gabinete de um inventor ambicioso que desafia as leis do tempo e espaço com o objetivo de reiventar tudo a sua volta. É lindo e emocionante. Os trapezistas prendem a atenção da platéia o tempo inteiro e os malabaristas não ficam para trás. É imperdível!

6) Dundas Square: A Times Square de Toronto. Entre vários painéis iluminados 24h por dia é que se concentra o agito da cidade. Todas as lojas e restaurantes conhecidos ficam ali. Nós jantamos no Hard Rock Café que fica em uma das laterais da Dundas Square. Com a parede toda de vidro, jantamos assistindo a movimentação no local mais agitado da cidade. Vale a pena visitar em qualquer horário do dia. Um espetáculo ao vivo e a cores.

Royal Ontario Museum 

Casa Loma
Vista da Casa Loma para downtown de Toronto
Jardim da Casa Loma 

Kensington Market
Cirque du Soleil
Dundas Square 
Hard Rock na Dundas Square 
Dundas Square durante o dia 
Honest Eds - lugar da barganha

sábado, 20 de setembro de 2014

Jogo de Baseball em Toronto

Uma das coisas que mais me interessa nas viagens é observar os diferentes esportes e paixões dos torcedores nos lugares pelos quais passo. O baseball não é o preferido dos canadenses, mas a influente presença americana no país, contribui para que haja fãs do esporte. Estava em nossos planos assistir um jogo, mas não sabíamos quando. No início de setembro, eu e meu namorado ficamos três dias em Toronto e em um dos dias, por acaso, passamos ao lado do Rogers Center, estádio que é a casa do time da cidade, o Blue Rays. O estádio fica no centro de Toronto, ao lado da CN Tower. Demos a sorte de passar pelo local quando faltavam dez minutos para começar a partida do Blue Rays contra o Tampa Rays (da Flórida, nos EUA). Compramos os ingressos por CAD $ 15 cada um e fomos assistir pela primeira vez uma partida de baseball. Demorou um pouco para entendermos o funcionamento do jogo, mesmo quem mora no Canadá acha que é complicado! São muitas as regras e os detalhes. Os canadenses torceram fervorosamente,mesmo não sendo este o esporte número um do país. O hockey, sim, é o esporte que mais os apaixona.
Uma partida de baseball dura em média três horas. Não ficamos todo tempo assistindo porque queríamos conhecer mais a cidade e o tempo era curto. Valeu a pena ver os torcedores atentos no estádio. Em certas jogadas, o silêncio é total para que os jogadores possam se concentrar (parecido com o que acontece nos jogos de tênis). Para levantar e ir ao banheiro, só é possível quando o time troca as posições. É preciso se adaptar às regras para entrar no clima. 
O estádio tem capacidade para 53 mil pessoas. As bebidas são caras dentro do local. Uma lata de cerveja chega a custar $ 9! Um pote de pipoca, $10,50. Mas vale a pena levar para casa de recordação o balde de pipoca com o nome do time da casa. Quem quiser acompanhar a agenda dos jogos no estádio (tem também do futebol americano) pode acessar esse site: http://www.rogerscentre.com/

Caso queira saber mais, acompanhe o que escrevi sobre Toronto em 2011: http://www.poressaseoutras.blogspot.ca/search/label/Toronto

Logo, darei mais notícias sobre Toronto.






segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Boston

Boston é uma das cidades americanas mais próximas de Montreal. Pegamos um ônibus à meia-noite e às 7h chegamos até ela. A cidade é grande, a 22ª maior dos Estados Unidos, com 5,8 milhões de habitantes contando com a região metropolitana. Universidades como Harvard, MIT (Massachusetts Institute of Technology), Boston University e Notheastern University são algumas pelas quais passamos na frente. São muitos os campus de cada uma dessas faculdades espalhados pela metrópole. 
O transporte público é realmente muito bom. É o transporte subterrâneo mais antigo nos Estados Unidos. Os trens não são novos e andam tanto por cima quanto por baixo da terra. Ficamos três dias na cidade e deu para conhecer bastante. Aqui vão algumas dicas de roteiro:

Museum of Fine Arts: Imperdível! É quase como ir à Paris e não visitar o Louvre. O Museu de Belas Artes de Boston abriu as portas em 1876 com 5.600 trabalhos de arte. Hoje, são mais de 450.000 obras. Mais de um milhão de visitantes passam pelo local todos os anos. É possível ver obras que datam dois mil anos antes de Cristo. Do Egito à arte contemporânea, o visitante faz uma viagem (no tempo) por todos os continentes. Assim como no Louvre, é preciso escolher quais salas você vai visitar. O museu é realmente muito grande, e uma tarde é pouco para ver tudo. Na ala de arte europeia encontra-se uma sala repleta de quadros de Monet e Van Gogh. Segundo a instituição, a maior coleção de Monet fora da França é no Museu de Belas Artes de Boston. O ingresso custa $ 25 e para estudante $ 23. O bilhete dá direito a duas entradas no museu no período de uma semana. 

Freedom Tail: "O caminho da Liberdade" tem aproximadamente quatro quilômetros e leva o visitante a 16 pontos históricos. Passando por museus, igrejas, estátuas, prédios da prefeitura, aprendemos sobre figuras que foram importantes para a cidade e para a nação americana. Lembrando que a Revolução Americana começou em Boston, e por isso a metrópole é tão histórica. Um caminho traçado no chão com lajotas revela a direção que o visitante deve ir para seguir na Freedom Tail. Existem tours gratuitos no local da partida, mas pode-se tranquilamente pegar uma brochura e fazê-lo sozinho. 
O início é no Boston Common, o parque mais antigo dos Estados Unidos. Ele foi inaugurado em 1634. Os 16 lugares do tour podem ser conferidos em um site junto com a história de cada um deles: http://www.thefreedomtrail.org/freedom-trail/official-sites.shtml

Harvard: A Universidade mais antiga e mais famosa dos Estados Unidos é um dos locais que todos devem visitar quando forem à Boston. Na verdade, a instituição fica em Cambridge, que é um município ao lado de Boston. De metrô, ou de ônibus, é fácil chegar à Harvard. A Universidade foi fundada em 1636 e recebeu o nome como forma de homenagem a um ministro chamado John Harvard of Charlestown. Mais de 20 mil estudantes atualmente cursam graduação, pós, mestrado e doutorado na universidade. Ex presidentes americanos como Theodore Roosevelt, Dwight Eisenhower, John F. Kennedy, George W. Bush (filho) e o atual, Barack Obama, estudaram em Harvard. É interessante passear pelos prédios e pelas redondezas. Os edifícios bem cuidados retratando a época de construção do século XVII. Podemos reconhecer os locais de certos filmes, como os de "A rede social" (a história do facebook). A instituição é rodeada por lojas e restaurantes muito bons. Para quem aprecia um bom e requintado hambúrguer, recomendo o Shake Shack, já falei sobre ele neste post: http://www.poressaseoutras.blogspot.ca/2012/11/shake-shack.html

Boston Tea Party Museum: A conhecida "Festa do Chá de Boston" ganhou um museu na cidade. O evento, que aconteceu em 1773, é marcante para os americanos porque foi um dos fatos que deu início a Revolução Americana. Os chamados "filhos da liberdade" (nascidos na América do Norte que queriam a independência dos EUA) se disfarçaram de índios para invadir os navios dos britânicos e atiraram 45 toneladas de chá no mar. A Inglaterra cobrava impostos das colônias sobre o chá, açúcar, vinho e papel. Jogar o chá fora era uma forma de demonstrar rebeldia dos norte-americanos. Três anos após esse evento, o país conseguiu a sua independência. O passeio pelo museu é guiado por atores. Eles contam a relação do país com a Inglaterra, como os nascidos na colônia inglesa sentiam-se escravizados e trabalhavam para pagar impostos aos britânicos. Os atores fazem com que os turistas participem da atuação entregando uma carta para cada um dos participantes com o nome de um personagem que foi importante no evento. No final da visita tem uma degustação de chá! O passeio é interessante, mas aconselho que quem não entende muito bem o inglês, fique de fora. Os atores falam rápido e usam gírias locais. O ingresso custa $ 25 e para estudante $ 22. 

Faneuil Hall Marketplace e Quincy Market: Uma ótima pedida para passear, olhar as lojas e comer lagosta (prato típico de Boston). O Quincy Market é como um grande mercadão com dezenas de fast-foods. Do lado de fora pode-se sentar à mesa na rua, observar quem passa e ainda experimentar os mais diversos pratos de lagosta. Não deixe de saborear o maravilhoso sanduíche de lagosta! 

Isabella Stewart Gardner: Vale uma visita! Além das obras de arte do museu, um dos detalhes que mais chama atenção é a arquitetura do local. O jardim (que não pode ser fotografado) é realmente incrível. Isabella foi uma americana apaixonada por arte. Herdeira milionária, Isabella viajou diversas vezes à Europa e ao Oriente Médio para comprar esculturas e pinturas. Ela abriu um atelier em 1903 com uma coleção que crescia a cada ano. Isabella morreu em 1924, e o museu que leva seu nome ainda expõe peças originais do acervo da colecionadora. Mais de 2.500 pinturas, esculturas, tapeçarias, móveis, manuscritos e livros raros se espalham pelos três andares do prédio. Algumas galerias do museu contam com obras de Michelangelo, Raphael, Botticelli, Manet e Rembrandt. A segurança do museu é reforçada e é proibido fotografar. Um dos motivos é que, em 1990, ladrões, disfarçados de policiais, entraram no prédio e roubaram 13 obras preciosas. Até hoje nada foi encontrado. O museu oferece $ 5 milhões para quem der alguma pista que leve até aos ladrões. O ingresso custa $ 15 e para estudante $ 5. Para quem se chama Isabella, a entrada é gratuita. 

Sowa Open Market: Uma feira gastronômica a céu aberto que eu não recomendo. Fomos com a esperança de ver alguma feira super inovadora e nos decepcionamos. O site do local merece uma nota 10 em termos de marketing. A feira é normal, igual a qualquer outra no Brasil. A diferença, o que tornou um passeio um pouco mais agradável, foram os food trucks (caminhões que vendem comidas como se fossem restaurantes). Foi interessante viver a experiência americana de comer um fast food comprado em um dos caminhões. Mas, se você tiver apenas três dias em Boston, não recomendo fazer esse passeio.

South Bay Center: O paraíso das compras! Marshalls, TJ Max, Old Navy, Best Buy, Target... Todas juntas em um centro de compras próximo de downtown em Boston. Não é fácil chegar de metrô ou de ônibus no local. Nos perdemos um pouco, por isso indico que quem puder, vá de carro ou de táxi. A página do facebook do local contém mais informações: https://www.facebook.com/SouthBayCenter/timeline

Os três dias em Boston foram ótimos e intensos pois foi possível conhecer os principais pontos históricos e turísticos. O metrô e as linhas de ônibus para se locomover na cidade são a melhor opção. O cartão por um dia ilimitado custa $ 12 e por uma semana $19. Vale a pena comprar o de sete dias, mesmo se você ficar menos. 
A viagem de ônibus de Montreal à Boston é de sete horas. O preço da passagem varia bastante. Quem tiver interesse pode procurar no site www.greygound.com ou greyhound.ca . O maior problema que tivemos durante a viagem foi o de pararmos na fronteira com os EUA de madrugada. Tivemos que passar por todo aquele processo chato na alfândega, o mesmo que acontece nos aeroportos. Na volta para entrar no Canadá, idem. Tivemos um (pequeno) problema porque esquecemos de levar a carta que comprova que estudamos em Montreal, então os agentes da alfândega incomodaram um pouco. Alguns minutos depois de muitas explicações sobre o que fazíamos, porque, quanto tempo, como, quando... conseguimos a liberação para voltar ao ônibus e seguir viagem (ufa!). Dessa última experiência, fica a lição: ande sempre com todos documentos, cartas que justifiquem sua presença no país.

Agora, curtam as fotos!

Museu de Belas Artes
Monet - Museu de Belas Artes
Trens antigos do metrô de Boston
Boston Common - onde começa a Freedom Tail
Estátua de Benjamin Franklin na Freedom Tail 
Centro da cidade
Caminho traçado no chão revela a direção do tour
Harvard 
Harvard 
Boston Tea Party Museum 
Faneuil Hall Marketplace e Quincy Market 
Sanduíche de lagosta, imperdível! 
Porto de Boston
Isabella Stewart Gardner
Food Trucks 
Centro
Pelas ruas de Boston... 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Ottawa

A capital do Canadá tem todos os traços de uma cidade britânica. O Parliament Hill é muito parecido com o de Londres, e a arquitetura dos prédios residenciais também não nega as origens. De Montreal à Ottawa são 2h15min de carro ou ônibus. A cidade fica na região de Ontario (a mesma de Toronto), mas é só atravessar a ponte, ao lado do Parlamento, que chegamos na região de Quebeque novamente, na cidade de Gatineau. Segundo o censo de 2011, Ottawa tem 883 mil habitantes. O centro histórico não é muito grande e dá para ir caminhando em praticamente todas os pontos turísticos da cidade.  

Ottawa foi escolhida a capital do Canadá em 1857 devido à sua localização estratégica. A cidade fica na fronteira entre as duas maiores regiões do Canadá: Ontario e Quebeque. A capital é oficialmente bilíngue. A língua francesa e inglesa são exigidas dos trabalhadores pelas empresas.

O regime político do Canadá é de monarquia constitucional, um estado federal com democracia. Elizabeth II, Rainha da Inglaterra, é também Rainha do Canadá e soberana de vários reinos. A rainha rege, mas não governa o país. Quem tem esse poder é o Primeiro Ministro.
O sistema parlamentarista segue o modelo britânico. Os 104 membros do senado não são eleitos, mas nomeados e estão divididos pelas quatro principais regiões do país: Ontario, Quebeque, Províncias do Atlântico e Províncias do Oeste. 

Parliament Hill: As questões de interesse nacional assim como projetos de leis são discutidos no Parlamento. A estrutura original foi construída em 1859, mas em 1916 um incêndio provocou a destruição do local. Apenas a biblioteca permaneceu intacta. No Parlamento, 104 senadores e 308 deputados trabalham. Dentro há uma homenagem aos sete homens e mulheres que morreram no incêndio de 1916. A Torre da Paz (torre mais alta do parlamento) foi construída entre 1919 e 1927 em memória aos 65 mil soldados canadenses mortos na Primeira Guerra Mundial. A estrutura tem 92 metros de altura. 
Em volta do parlamento também é possível ver uma homenagem às cinco mulheres que fizeram uma batalha jurídica para reconhecer o direito de serem eleitas ao senado. Elas queriam igualdade e os mesmos direitos de serem ativas em todas as esferas da vida pública.
A biblioteca do Parlamento (na parte de trás) guarda todo passado legislativo do Canadá. 

Rideau Hall: É a casa do Governador Geral do Canadá, o representante da Coroa Britânica. Diferente do que muitos pensam, essa não é a casa do Primeiro Ministro. Como Elizabeth II vive na Inglaterra, ela precisa de alguém para representá-la em eventos formais, atividades culturais e cerimoniais no Canadá, e essa pessoa é o Governador Geral. O local onde fica a casa é muito bonito e tem importância histórica. Uma parte da mansão pode ser visitada. Vale a pena parar e ver os belos jardins e um jogo de cricket nas tardes de verão. 

Museu da História do Canadá (ou Museu da Civilização): É imperdível! Arrisco dizer que é um dos mais interessantes que já visitei (talvez empate com o Louvre, na França). O ideal é ficar um dia inteiro lá dentro. Além de contar mais de 20 mil anos de história do Canadá, o museu tem um espaço enorme para as crianças. O chamado "Children's Museum" vale uma visita para os adultos também. É perfeito para os pequenos, parece um pouco com a Disney, mas ao mesmo tempo ensina história. 
No andar de baixo do museu, a exposição que encanta o público, logo de início, é a história das primeiras pessoas que habitaram o Canadá. "First Peoples of Canada's Pacific Coast" recria o ambiente em que os nativos viviam antes de o país ser "descoberto" pelos franceses. É um dos espaços mais impressionantes organizado em lugar fechado. Na exposição ao lado há a "The First Peoples Hall". Nela podemos ver a história, diversidade e criatividade das primeiras nações e dos Inuits (são os esquimós, mas é considerado uma ofensa se forem chamados assim porque o nome está ligado ao canibalismo). Objetos datados de dois mil anos impressionam pela maneira com que foram caprichosamente feitos. Os desenhos e modelos dos móveis e utensílios são admiráveis. Visitar essa parte do museu permite que possamos entender melhor a diversidade dos primeiros povos, o seu passado e sua contribuição para o Canadá e o mundo. 
No último andar fica o "Canada Hall" que conta com detalhes a história do país do ano 1.000 até 2.000. Histórias dos vikings e a descoberta da "Nova França" pelos franceses podem ser observadas. A evolução dos meios de transportes, das carroças, carros, trens até os aviões do dia de hoje são apresentadas. Foi realmente muito instigante conhecer esse museu. Uma tarde foi pouco para ver tudo, por isso vamos voltar no final do ano para passarmos mais um dia inteiro lá dentro. É muita história, muita beleza para ser vista! Vale muito muito a pena. O ingresso custa $ 13 . Mais informações no site do museu: http://www.historymuseum.ca/home

Parliament Hill 

Biblioteca do Parliament Hill 
Casa do Governador Geral 
Jardim do Governador  
Dentro do Museu da Civilização
Museu da Civilização
Museu da Civilização
Ponte que liga Quebeque-Ontario
Ottawa
Museu de Belas Artes


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