quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Central Park no verão

Como já conheço a cidade muito bem, esse ano fui guia turística dos meus pais e meu irmão mais novo. O primeiro lugar que levei a família foi no Central Park. Já falei sobre ele aqui. O suficiente para adorarem a cidade. Um refúgio no meio da selva de pedra, um lugar tranquilo com muito verde e animais. O Central Park tem 3,4 km²  e é um verdadeiro retiro para quem quer sair da loucura das ruas e das pessoas em Manhattan. 
Fomos de metrô até o Upper East Side na 72nd St com a Central Park. Passamos pelo prédio de John Lennon e depois fomos até o espaço do Strawberry fields dentro do parque. 
Caminhamos bastante para procurar a estátua de Alice no País das Maravilhas e o Conservatory Water, que nessa época do ano estava longe de estar congelado.
Meu irmão e meu pai estavam com uma bola de futebol na mão procurando um ``campinho`` para jogar, mas não encontraram. Pior ainda, vimos placas avisando que era proibido jogar na grama. Perguntamos para algumas pessoas e ninguém sabia se existia um campo de futebol lá dentro. Só quadra de basquete ou de tênis. Deve ser por isso que soccer não é mesmo o esporte deles...
Em um outro dia de manhã acordei bem cedo e fui para o Central Park correr. Nada melhor do que o clima daquele lugar. Todos sabem, e não tenho vergonha de admitir, que gosto muito dos americanos. Quase todos que conheci até hoje são educados, gentis e legais. Entre um passeio e outro pelo parque tivemos a oportunidade de conhecer pessoas de várias partes dos Estados Unidos e contar com a ajuda deles para encontrar o que queríamos lá dentro. 
Para conhecer o Central Park é preciso no mínimo umas 4 visitas, afinal ele é enorme. E assim como a cidade, o parque é dividido em Upper e Lower. 
Vale a pena se hospedar perto de lá. O nosso hotel que fica no Upper West Side, é apenas três quadras do parque. Acho muito melhor do que ficar no burburinho e confusão da Times Square. É em Upper Manhattan que pude ver o dia a dia de nova-iorquinos e de milhares de pessoas de todos os lugares do mundo que escolheram a Big Apple para viver. 




The Loeb Boathouse Central Park - um restaurante famoso dentro do parque

Estátua de Alice in the Wonderland no Central Park














domingo, 11 de novembro de 2012

Cupcakes em New York!

Cupcake é uma das sete maravilhas do mundo gastronômico. Me apaixonei perdidamente pelos bolinhos coloridos em 2011 em New York. Dessa vez, verão de 2012, quando voltei à cidade, fiz questão de experimentar sabores em lugares diferentes.
A primeira parada foi o Baked By Melissa que fica perto do hotel em que ficamos no Upper West Side. Na Broadway com a 84th St. São 9 estabelecimentos espalhados por Manhattan.
O conceito da loja é muito legal. Inspirada na ideia de que as pessoas deveriam comer o maior número de sabores sem se sentirem culpadas, a Melissa criou os mini cupcakes. Cada um custa 1 dólar. Eu provei e APROVEI! 
















A minha inspiração para começar a fazer os cupcakes foi a Magnolia Bakery. Sem dúvida é lá que encontramos o melhor cupcake da cidade. Leves e sem muito enfeite, os bolinhos são muito famosos na Big Apple. No final do dia as filas são grandes. Com lojas em New York, Los Angeles, Dubai e Chicago, os cupcakes da Magnolia são os mais pedidos. Só em Manhattan eles estão em 5 lugares. Na Bleecker St, dentro da loja Bloomingdale`s, na Columbus Ave, dentro da Grand Central Terminal e na mais popular de todas, no Rockefeller Center. 
Além dos cupcakes, cookies, tortas e brownies também são vendidos pela Magnolia Bakery. E sinceramente... Tudo é maravilhoso lá. O cupcake de baunilha com cobertura de chocolate e o Red Velvet são insuperáveis!
Cada cupcake custa entre $ 3 e $ 3,50. 

Vanilla cupcakes with chocolate buttercream




Loja no Rockefeller Center

Loja dentro do Bloogmindale`s

Um outro cupcake que gostei muito foi o da Crumbs Bake Shop. Os bolinhos são muito grandes. O jeito é comer de colher ou dividir com alguém. Só em New York são 27 lojas! Para minha sorte (ou azar?) o hotel que ficamos estava a uma quadra da Crumbs que fica no Upper West Side. Os cupcakes são entre $ 4, 50 e $ 5. Uma invenção boa deles é o Colossal, que é do tamanho de um bolo normal só que em formato de cupcake! Não tive a oportunidade de provar dessa vez, mas tenho certeza que é tão bom quanto os cupcakes. 



Colossal Cupcake

Loja na Amsterdam Avenue com a 76th St.









Shake Shack

Depois de uma semana em New York, dessa vez no verão, vim trazer as novidades e passeios clássicos que não podem deixar de ser feitos.
Eu não sou muito de fast food, mas confesso que comi o melhor hambúrguer da minha vida. Eu não como carne vermelha, por isso opto pelos de frango ou vegetarianos. Quem me deu essa dica foi o meu querido amigo, Rafael Ambrosini. Esse só gosta do que é bom e sabe dar boas dicas da Big Apple!
O Shake Shack é uma rede de fast food que surgiu em NY em 2004 em um carrinho de hot dog no Madison Square Park. O sucesso foi tão grande que hoje a cidade conta com oito restaurantes. Os principais estão no Upper East Side, Upper West Side (ao lado do Museu de História Natural) e o tradicional do Madison Square Park. Prepare-se para esperar algum tempo na fila, mas não se assuste porque é sempre assim. O restaurante oferece 4 tipos de hambúrguer e 2 de cachorro-quente. Eu indico  o vegetariano que tem cogumelos com queijo! Sensacional! Meu pai e meu irmão enloqueceram pelo de carne e bacon que é o SmockShack. Fomos várias vezes lá e indicamos para todos. As batatas fritas, que tem um formato diferente, devem ser pedidas em separado e vale a pena.
O restaurante também abriu em Washington e Miami. Não vejo a hora que venha para o Brasil. Pode ser uma ideia pra quem deseja abrir uma franquia? haha não esqueça de me avisar.
Para mais informações é só acessar o site http://www.shakeshack.com/ Só não pode olhar perto do almoço...

Shake Shack em frente ao Museu de História Natural em NY
                                           

Shake Shack no Madison Square Park - NY

Shake Shack no Lincoln Center - Miami Beach


domingo, 25 de março de 2012

Perda total

Quando vou viajar e chego mais cedo no aeroporto, fico na sala de embarque observando as pessoas e pensando o que vão fazer, como é a vida delas e principalmente, se alguém as estão esperando. É quase como uma terapia.  O curioso é que sempre imagino o lado bom da situação. Alguém que está viajando a trabalho e vai ver a família no fim do dia, a namorada que vai visitar seu amor que mora longe, o recém-formado que vai para uma entrevista de emprego.. É impossível saber disso tudo simplesmente olhando para as pessoas. Foi exatamente nesses detalhes do cotidiano de alguns passageiros não tão sortudos quanto os que idealizo, que o escritor Ivan Sant`Anna explorou ao máximo, no livro Perda Total
 
Os três maiores acidentes da aviação brasileira são minuciosamente explicados pelo autor que é um especialista no assunto. A primeira parte é sobre o voo 402 que saindo de Congonhas permaneceu no ar por apenas 24 segundos, já que partiu com o reverso (serve para auxiliar na desaceleração da aeronave) virado. Ou seja, ao invés de decolar o avião caiu sobre o bairro Japaquara em São Paulo. No total, 99 vítimas fatais. O comandante da tripulação, José Antônio Moreno, piloto experiente da TAM, saiu de casa no dia 31 de outubro de 1996 para fazer a ponte aérea SP-Rio. Sem nem ter ideia de que nunca chegaria no destino final. Ele dizia para sua esposa que se morresse no ar, iria morrer feliz. Seu pedido, infelizmente cedo demais, foi atendido. 
Dez anos depois, o improvável aconteceu. Duas aeronaves colidiram no ar.  Um Boeing da Gol e um Legacy de uma empresa privada. Mesmo com toda a tecnologia de controle dos voos, não foi possível evitar a negligência dos pilotos do jato comercial. Sem querer, um deles desligou a tecla TA/RA (Traffic Adivisory/Resolution Advisory) que avisa quando algum avião está por perto e permite liberar sua localização para outras aeronaves. Ao invés disso, a tecla estava em Stand-by (espera).  Os sete ocupantes do legacy conseguiram pousar, mas os do Boeing 737 não tiveram tanta sorte. 150 vidas foram tiradas no desastre. O Legacy partiu de São José dos Campos e seguiu viagem para os Estados Unidos. Os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino só tiveram a asa de sua aeronave danificada, enquanto a maior aeronave perdeu o controle e caiu no meio da floresta Amazônica. Lepore e Paladino podem ser considerados os culpados pelo acidente, mas a responsabilidade dos controladores de voo brasileiros não foi menor. Há provas de que os pilotos tentaram pelo menos 15 vezes contato com a central de aviação brasileira, mas ninguém retornou. 
Alguns meses depois, a maior tragédia da aviação brasileira estava por vir. O voo 3054 da TAM que saiu de Porto Alegre em direção à Congonhas estava com um problema no reverso (de novo). Segundo as normas da aviação brasileira, toda aeronave pode voar até 10 dias com esse defeito e depois ele deve ser consertado. O voo 3054 estava há quatro dias com o defeito. A condição da aeronave era problemática ainda mais se pousasse em uma pista molhada. Nesse dia 17 de julho de 2006 chovia muito em São Paulo. O avião não conseguiu atrito suficiente para pousar, e o defeito no reverso contribuiu para que 199 pessoas morressem naquela noite. Fora os passageiros, alguns funcionários da TAM Express que fica na frente do aeroporto de Congonhas estavam no lugar errado, na hora errada. Alguns valentes, como o gerente de cargas da TAM, José Antonio Rodrigues Santos da Silva que não foi atingido diretamente pelo avião, mas permaneceu no local para salvar a vida dos colegas de trabalho. Alguns dias depois, foi noticiada a morte do gerente por infecção pulmonar causada pela fumaça tóxica da explosão. 
Vidas de pessoas comuns que só iam passar um dia em outra cidade, iam visitar a esposa ou o marido, ou participar de alguma reunião importante acabaram tragicamente por falhas humanas.Tristes episódios que marcaram o Brasil e a vida de familiares daqueles que desejavam simplesmente voltar pra casa.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Athina Onassis, no olho do furacão

Muitas meninas já sonharam em ser uma princesa, ou pelo menos viver como uma. Às vezes, quando crescem, elas encontram alguém que as trate como tal e se dão conta de que nem precisariam viver num castelo e ter todas aquelas regalias. Acontece que às vezes alguma sortuda, em qualquer lugar do mundo, nasce com tudo isso. Ela, alem de tudo, é idolatrada e amada pelos conterrâneos. É de se imaginar que muitos a invejem e tentem tirar esses privilégios da pequena criança que ainda não tem noção da dimensão do que está em suas mãos.
Athina Onassis é neta do grande armador e magnata grego, Aristoteles Onassis. Desde pequena sofreu com as desavenças familiares decorrentes da enorme fortuna que seria destinada a ela. O avô Ari, como era conhecido, faleceu após complicações de uma cirurgia de pulmão. Na verdade, é o que consta na certidão de óbito dele, porque muitos céticos acreditam que foi uma conspiração de pessoas que queriam administrar a fundação Onassis. A esposa, Jackie Kennedy-Onassis, herdou apenas parte da fortuna, 26 milhões de dólares. A herença ficou para Christina Onassis, única filha viva e mãe de Athina.O filho de Ari, Alexander morreu num acidente de avião, em circunstâncias misteriosas. Onassis acreditava que os inimigos dele o tinham matado. O magnata contratou um detetive que revelou à imprensa que tinha provas concretas de que tinha sido uma armação a morte de Alexander, uma semana depois o investigador apareceu morto.
Christina casou-se com o milionário Thierry Roussel. Seu pai sonhava com essa união, mas infelizmente não viveu o bastante para vê-la. Como única herdeira, ela tinha que ter um filho para dar continuidade ao Império de Onassis. Christina tomava muitos remédios para dormir e Thierry disse que só teria um filho se ela parasse de tomá-los. Ela cumpriu a promessa até os primeiros meses de gravidez, depois começou a tomar muitas pílulas e acabou desmaiando um certo dia. Os médicos tiverem que fazer cesariana para que o bebê não corresse mais riscos de vida. Depois disso, Thierry não cogitou a possibilidade de ter mais filhos com Christina. Por isso hoje, Athina é a única herdeira de Onassis. 
Depois que a única filha de Ari morreu, há relatos de que foi suicídio e outros rumores de que foram novamente os inimigos do multi milionário, Athina foi morar com Thierry e sua nova esposa, uma ex modelo chamada Gaby. Sua fortuna foi administrada pelos quatro sócios da Fundação Onassis e pelo pai. Brigas judiciais e escândalos envolvendo mentiras que falavam sobre sua vida, marcaram a adolescência da menina mais invejada da Grécia. A mídia internacional espalhava que o pai de Athina só estava interessado no dinheiro dela, aprisionando-a em uma mansão.
O livro foi escrito pelo assessor e amigo íntimo da família, Alexis Mantheakis. O jornalista conviveu de perto com os parentes de Ari Onassis e tinha como missão proteger Athina da imprensa. Em qualquer lugar que a menina ia, havia milhares de jornalistas e fotógrafos do mundo inteiro esperando por um escorregão ou alguma gafe que pudesse virar notícia. Os seguranças a acompanham por toda parte, inclusive em mergulhos profundos, pois sempre poderia ter algum espião e devem  protegê-la. Alexis conta histórias de homens de diversas nacionalidades que mandavam presentes, ligavam e até perseguiam Athina na esperança de casar-se com ela. Na verdade quem conquistou a menina mais rica do mundo, foi o brasileiro Álvaro de Miranda Neto, conhecido como "Doda".
A vida de Athina Roussel Onassis é rigorosamente considerada por muitos como de princesa, porém  nem mesmo a vida dos mais ricos e privilegiados está isenta de tragédias.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Steve Jobs

Qual a sensação de ler sobre alguém que inventou participou do processo de criação dos aparelhos tecnológicos mais avançados do planeta? Ler a biografia de Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, é quase tão "viciante" quanto usar o Macbook, Ipod, Iphone e o Ipad que são só alguns exemplos de como a Apple tornou-se a empresa mais valiosa do mundo na Bolsa de Nova York. Tudo começou com um menino um pouco arrogante, que fazia dietas estranhas, como alimentar-se só de frutas por dias, que interessava-se por computadores desde a adolescência, e brilhantemente uniu a vontade de mudar o mundo com a ideia de fazer produtos inovadores.
Steve Paul Jobs foi adotado por uma família de classe média americana. Ele frenquentou por algum tempo uma das faculdades mais caras da Califórnia, Reeds College, e desistiu antes de concluir o curso. Achava que trabalhando nos seus próprios projetos iria mais longe. Para sua sorte, e dos fãs da Apple, sua intuição estava certa.
Juntamente com o amigo Wozniack, um nerd da engenharia, Jobs fundou a Apple em 1976 e começou com a produção do computador Apple I e mais tarde o II. O inovador nisso tudo, foi a ideia de criar um Software que somente usuários da Apple pudessem usar. Uma jogada ousada, quase como um tiro no escuro, impedir que outros fabricantes de computadores pudessem usar o mesmo software. Mesmo com gigantes como a Microsoft criando programas para outras empresas, Jobs manteve-se firme e forte na decisão que alguns anos depois diferenciaria a Apple de qualquer outra empresa no mercado.
 Menos de 10 anos após fundar a Apple, Jobs anunciou sua saída da empresa. O motivo principal é que ele e o presidente , Sculley, estavam tendo sérios problemas quanto a extravagância de Jobs e a obsessão ao desing e estética dos produtos. O conselho, cansado da arrogância de Steve, apoiou Sculley. Para espanto de todos, Jobs pediu demissão do empreendimento que criou. Depois de sua saída, ele fundou uma outra empresa de computadores, a NeXT, que não obteve sucesso. Em 1997, o fundador voltou à Apple e comprou a NeXT.
A ideia da Apple migrar para a indústria da música veio de Jobs que sabia o crescimento do mercado nesse ramo. O slogan logo chamou atenção dos aficcionados por canções: "mil músicas em seu bolso".
Jobs era detalhista e por vezes insuportavelmente apegado ao design de todas as peças de seus produtos. Ele dizia que mesmo os parafusos de dentro dos iPods deveriam ser bonitos, caso algum engenheiro fosse abrir para vê-los. Outro elemento fundamental para a perfeição de seus produtos foi a integração do software com o hardware.
Depois da febre mundial que os iPods causaram, havia chegado a hora de a Apple investir no mercado das telefonias. A ideia de criar um telefone em que as pessoas não precisassem de teclado físico e pudessem fazer tudo com o sistema multitoques assustou os engenheiros num primeiro momento, mas graças ao insistente Steve Jobs, tudo foi feito exatamente como ele planejava.
A Apple é a grande inventora de produtos tecnológicos que inspirou e ainda motiva outras empresas. Jobs conseguiu cumprir seu objetivo: mudar o mundo da tecnologia. Mostrou que design tem que estar diretamente relacionado com engenharia e que é preciso inventar, criar para então colocar a venda algo que os consumidores nem sabem que existem, mas ao verem a novidade passam a desejá-la ferozmente. Jobs sempre deixou claro que nunca quis ficar muito rico, mas sim fazer grandes produtos. Tanto é verdade que durante anos que trabalhou na Apple, seu salário era de um dólar anualmente.
O biógrafo de Jobs relata episódios de sua família, como ele podia ser frio e atencioso ao mesmo tempo com a esposa Laurene Powell e os três filhos.  O homem que não se ofendia com palavras maldosas, e por isso falava o que bem entendia para os outros, passou a ser obrigado a aceitar uma realidade difícil e por vezes muito triste. A descoberta de um tipo raro de câncer no pâncreas fez com que  evitasse o assunto perante a imprensa e até aos amigos mais chegados. Jobs teve o apoio da família e, principalmente, da esposa que acompanhou cada detalhe médico dos procedimentos com o marido.  
A criação do iPad 2 e o lançamento do iPhone 4 foram as últimas apresentações que Jobs fez de seus produtos ao público. Ele teve a ideia de criar um iBook ainda na década de 80, quando ninguém pensava no assunto.
Foi assim que seu sistema, e seus produtos, foram imitados pelas grandes empresas de tecnologia de ponta. Quando o Google apresentou o sistema Android, Jobs tomado por um raiva descomunal entrou com um processo contra a empresa que dizia assim: "Google, porra, você roubou o iPhone, nos roubou ele todo. Um roubo enorme. Vou gastar até meu último suspiro em vida se precisar, e vou gastar até o último centavo dos 40 bilhões da Apple no banco, para reparar esse crime. Vou destruir o Android, porque é um produto roubado. Estou disposto a entrar numa guerra nuclear por causa disso(...). " Mais um exemplo de como ele não tinha papas na língua quando se tratava da Apple.
Uma excelente biografia que revela o lado mais íntimo do homem que vai ser lembrado daqui muitos anos, como um dos grandes gênios do século XX. Jobs não entendia muito de tecnologia, mas sabia como vender um produto. Sabia também como roubar as ideias dos engenheiros e fingir que eram dele mesmo. Um homem que fez história na Apple e na Pixar, empresa criada por ele que mais tarde juntou-se a Disney. Um especialista em criar grandes empresas e grandes produtos.

''Ele era inteligente? Não, pelo menos não excepcionalmente. Em compensação, era um gênio. Seus altos de imaginação eram instintivos, inesperados e às vezes mágicos. Era, na verdade, um exemplo do que o matemático Mark Kac chamou de gênio-mago, alguém cujos insights vêm do nada e exigem mais intuição do que mero poder de processamento mental. Como um desbravador, podia absorver informações, farejar os ventos e sentir o que vinha pela frente.''

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Liberdade

A história pode parecer clichê: o drama de uma família americana que se envolve em um triângulo amoroso. No enredo, as personagens principais são expostas de uma maneira detalhada em que é possível observar suas qualidades e defeitos e assim, criar uma opinião sobre Patty, Walter e Richard. Ela era jogadora de basquete, o do meio, um homem de caráter preocupado com o meio ambiente, e o último, um roqueiro de sucesso que no íntimo sempre teve ciúmes do melhor amigo, Walter. Richard sempre teve tudo na vida, as mulheres que quis, o sucesso de sua música e uma fisionomia muito bonita. Na adolescência, ele rejeitou Patty que acabou se casando com Walter.
Os dois tiveram dois filhos, Jessica e Joey. Patty dedicou todo seu tempo na criação deles, pois não queria que sua história se repetisse. Teve uma mãe relapsa   e o  pai um completo idiota que fez a filha ``deixar de lado`` o fato de ter  sido estuprada pelo filho de um sócio importante da sua firma. Desde a infância, o autor revela que Patty tinha sérios problemas psicológicos e trouxe isso a tona na vida adulta. Durante o casamento relaciona-se com o melhor amigo de Walter, Richard, ambos  frisam que amam incondicionalmente a Walter,  e unem-se para traí-lo. É patético, por vezes.
Patty é uma personagem depressiva que nunca contentou-se com a vida boa que teve. Richard é um roqueiro famoso e egocêntrico que já dormiu com muitas mulheres e não admite que alguma não se interesse por ele. Walter é o bonzinho da história. É visto como o coitadinho da história e torcemos para que ele mande Patty para bem longe. Para completar, ele apaixona-se pela secretária que é uma menina bem mais nova que ele, mas que faz de tudo para Walter esquecer a esposa que o traiu. Os dois vivem a paixão intensamente por algum tempo, apos a expulsão de Patty de casa.  A namorada de Walter, que poderia " salva-lo" morre num acidente de carro. 
Na capa de ``A liberdade``está a indicação do The Guardian, ''O livro do ano, e do século''Sinceramente, acho que não poderia nem ser considerado um livro muito bom. Vale a pena pela intimidade das personagens reveladas que, muitas vezes, nos fazem sentir ódio, amor, repulsa e pena. Fora isso, a história é boba e mediocre.

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