segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

New York Film Academy

Quando resolvi vir para New York, a primeira coisa que fiz foi pesquisar algum curso ligado ao jornalismo aqui na Big Apple.
Ouvi muito sobre a NYFA (New York Film Academy), uma escola muito conceituada de cinema que tem o curso de Broadcast Journalism, que é o que estou fazendo. O workshop é totalmente voltado pra TV e pro telejornalismo. O que estou fazendo é de um mês. Muitas atividades práticas são feitas e com o acompanhamento dos melhores professores. Tenho aulas de edição com o Final Cut Pro, aulas práticas com as câmeras de vídeo e muita teoria com o professor Joe Alicastro que já concorreu a 7 Emmys e ganhou três. Pra quem nao sabe, o Emmy é o principal prêmio de jornalismo de TV. Trabalhou como repórter e produtor por 30 anos para a NBC. Cobriu a guerra do Iraque, guerra do golfo, queda do muro de Berlim, entre muitos outros eventos internacionais relevantes.
Fizemos alguns projetos e o melhor de tudo, é que todos os passos da reportagem são feitos pelo aluno. Vamos para rua com a câmera e filmamos, depois editamos e fazemos o nosso script. Só no outro dia na aula é que a matéria que fizemos é analisada pelo professor e pela turma.
No site da escola: www.nyfa.edu pode-se encontrar mais informações sobre os cursos oferecidos. Fiz amigos que estudam cinema, outros são atores e alguns cantores que sonham em estrear na Broadway algum dia. Os cursos são de 4 semanas, 8 semanas e um ano. Os mais populares são de cinema, atuação, musical theatre e de jornalismo. A NYFA também está em Los Angeles, Londres, Paris, Dubai e outros.
A unidade principal de New York está localizada na Union Square. As outras duas são no Soho e na Cooper Union. A estrutura é muito boa e confesso que não esperava tanto pelo curso e me surpreendi. Aconselho a todos que querem ser repórteres ou produtores de TV que façam o curso na NYFA. O de 4 semanas é mais que suficiente já que ensina o essencial e dá a oportunidade de o aluno fazer suas reportagens.
O mais fácil é contatar uma agência de viagens porque eles entram em contato com a escola e resolvem tudo mais rápido. Arranjar lugar pra ficar que também pode ser uma dor de cabeça, pode ser feito por você mesmo. New York é um dos lugares mais caros do mundo para viver, por isso separe um bom dinheiro para moradia.
Eu estou morando na Amsterdam Residence, fica na rua 85 entre a Broadway e a Amsterdam Avenue. Não é o melhor lugar do mundo para ficar, mas é o ideal para conhecer muita gente e fazer amigos. Conheço gente que encontrou apartamentos ótimos pelo mesmo preço que estou pagando, mas digo que para uma experiência de um mês vale a pena ficar na residência.


                                           New York Film Academy na Union Square

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alice no País das Maravilhas(e em New York)

Quando soube que havia uma estátua da Alice no Central Park, fui direto procurará-la. A busca foi difícil, porque afinal o parque é muito grande. A estátua da Alice está situada na 74th street do Upper East Side. Foi doada por Geroge Delacorte, grande empresário já falecido dono de uma editora de livros, que fez em homenagem a sua esposa Margarida, que amava todas as crianças. Em volta da estátua podemos ver algumas placas no chão com frases tanto do filme, como a dedicatória do próprio George para a esposa. 
A Alice de Lewis Carrol é lembrada de várias maneiras em New York, como na estação de metro da  rua 50th (50th street com a linha 1), tem uns desenhos na parede com uma menina brincando com alguns coelhos que sugere Alice in the Wonderland. Outra dica que eu descobri aqui e que com certeza quem vem a New York tem obrigação de visitar é o Alice`s Tea Cup. São três cafés como esses espalhados por Manhattan. Com decorações do filme e doces maravilhosos, é o meu lugar preferido para ir no fim de tarde. Muitas lembrancinhas fofas são encontradas lá também. É bom chegar pelas 4:30, porque no fim da tarde mesmo as filas podem ser longas. Uma enorme carta de chá com centenas de opções explica os melhores da casa, eu recomento o Alice`s Tea, que o chá da casa mesmo e eu nunca bebi nada parecido. Para quem quiser olhar o site, tá aqui: http://www.alicesteacup.com/
Livros, brinquedos, fantasias da Alice estão por toda parte. Talvez seja porque, para muitos turistas e americanos, New York é a verdadeira Wonderland.

                                                        Estátua da Alice no Central Park

Alice`s Tea Cup


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MoMA - Museu de Arte Moderna

O MoMA de New York é conhecido como o museu de arte moderna mais influente do mundo. As exposições abrangem as áreas de arquitetura e design, desenhos, pinturas, esculturas, fotografia, livros ilustrados e filmes. No momento tem uma exposição de design sobre os diferentes tipos de cozinhas ao passar dos séculos, afinal nenhuma outra parte da casa passou por tantas inovações tecnológicas e é dotada de tanto significado cultural como a cozinha. Para os designers, a cozinha é de vital  interesse para entender a vida moderna. A exposição do MoMA explora as diferentes cozinhas do século XX, com suas tecnologias, estéticas e ideologias.
Na parte de fotografias modernas é feito um trabalho totalmente diferente (para não dizer louco) e bem atual. A parte boa para quem não quer ficar muito por fora que nem eu, é que do lado de cada fotografia tem uma explicação da cena, só assim mesmo para algumas coisas fazerem sentido.
Na parte das pinturas (e a que eu mais gosto) está Monet, Picasso, Van Gogh, Salvador Dali, Miró. A noite estrelada de Van Gogh está lá, assim como  Les Demoiselles d'Avignon do Picasso. 
O MoMA fecha as terças, e fica aberto nos outros dias de segunda a domingo das 10:30 ate as 17:30. Com exceção de sexta que o museu fecha só as 20:00, e também o ingresso é de graça a partir das 16. O preço para os outros dias é de 20 dólares para adultos e 12 para estudantes. Vale a pena ir na sexta feira a partir das quatro. Chegue cedo na fila porque é o dia que muita gente decide ir, pelo menos o museu é grande e não fica muito lotado. 


Noite estrelada- Van Gogh

As diferentes cozinhas do século XX



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

John Lennon e New York

O mais famoso beatle jamais escondeu seu amor por New York. Foi aqui que ele conheceu e viveu com Yoko Ono, teve seu filho com ela e onde teve sua vida tirada violentamente. Lennon teve seu visto negado uma vez para os Estados Unidos pelo uso de drogas. Ele fez de tudo para conseguir esse visto de novo porque sabia que deveria morar em New York. Na biografia do beatle "John Lennon - A VIDA" de Philip Norman, percebemos que essa foi uma cidade que definiu a trajetória de Lennon. 
A primeira vez que os Beatles vieram para os Estados Unidos foi em 1964, e para o espanto deles, havia mais de três mil fãs gritando histericamente por eles. Durante a viagem toda de Liverpool para New York, só uma coisa passava pela cabeça deles. Se conquistassem os Estados Unidos, estariam no topo do mundo. E foi isso que aconteceu.
John Lennon se tornou um mito que jamais será explicado, nem por muitos estudiosos, como sugere Philip Norman. O escritor conversou por três anos com Yoko Ono para tentar chegar o mais próximo possível da verdadeira história de John. 
Para os ainda apaixonados pelos Beatles, e eu acho que sempre existirá quem seja, é possível visitar o Dakota building. O prédio que John viveu seus últimos anos de vida e foi assassinado. A entrada do prédio, bem onde o crime aconteceu, está com grades e dois guardas impedem a passagem de fãs histéricos. No histórico prédio já moraram muitas celebridades. Yoko Ono e o filho dela com John, Sean Lennon, vivem lá até hoje. O prédio está localizado no Upper West Side, na rua 72nd Street and Central Park West. É fácil de identificar, pois sempre tem alguém tirando foto. Logo na entrada do Central Park na frente do prédio, vemos a homenagem dos americanos para Lennon. Uma área chamada de Strawberry Fields, tem um mosaico redondo de mármore com o título IMAGINE. Quase sempre têm flores em volta que os fãs saudosos deixam. 
New York sente falta de John Lennon, assim como nós e mais ainda os que não sabem quem ele é. Afinal,  quantas vidas mudaram depois de simplesmente saber que ele existia? 



                                                            Prédio de John Lennon

                                                   Homenagem para o beatle no Central Park

Metropolitan Museum of Art

Um dos mais belos museus que já visitei. Situado no Upper West Side ao lado do Central Park, o museu que é menor que o Louvre, assemelha-se muito ao número um do mundo (na minha opinião). O primeiro andar do museu é dedicado as artes gregas, romanas e egípcias. Essa parte tem uma exposição com peças de 7 mil anos antes de Cristo. A maioria são vindas do leste europeu. Acredita-se que uma das pedras com alguns rabiscos, tenha sido um dos primeiros sinais de escrita já existidos, datados de 5 mil anos atrás. Na parte Grega, o que sempre me chama atenção são os vasos que os vencedores das olimpíadas daquele tempo recebiam. Via muito no filme do Hércules. Aliás, tem uma estátua dele lá também.
No segundo andar, minha parte favorita, estão as pinturas dos grandes artistas europeus. Podemos ver Goya, Van Gogh, Picasso, Monet... Quando estava na Europa visitando os museus desses artistas, muitas obras importantes deles faltavam. Agora, consegui encontrá-las. 
Uma enorme exposição de fotografia está presente também. A que mais me chamou atenção foi o retrato da Alice no País das Maravilhas. O retrato da verdadeira Alice, que inspirou Lewis Carrol a escrever os livros. 
Realmente, um dia é pouco pra tanta coisa. O museu, assim como o de história natural, sugere o preço da entrada. São 18 dólares sugeridos, mas pode-se pagar quanto quiser. 


                                                         Metropolitan Museum of Art

                                                         Auto-Retrato de Van Gogh

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

New York e o american way of life

A primeira coisa que ouvi quando disse para algumas pessoas que viria a New York, foi:  "Leva uma mala vazia porque tu vai gastar muito". É verdade que já comprei algumas coisas desde que cheguei aqui, mas o que me dei por conta é que New York vai além disso. 
Os americanos tem um estilo de vida bem diferente do brasileiro (por mais que cada vez estejam mais parecidos) e eu admito que gosto desse jeito rápido de viver deles. É tudo fast food, fast metro, fast taxi, fast coffe, fast sleep... tudo tão rápido que um dia parece passar em poucas horas. Ninguém tem tempo pra nada. Quando chego em um Starbucks e peço o clássico cafe au latte, o atendente que cobra não é o mesmo que faz o café que não é o mesmo que limpa o lugar. Desacostumada com esse serviço feito por muitos funcionários,  às vezes me distraio e quando me dou por conta o café já está gelado e parado na minha frente. Quer um jornal pra ler enquanto toma o cafe? Ou um biscoito quem sabe? Vai ouvir uma música? Falar no telefone ao mesmo tempo? Para os americanos não realizar pelo menos uma dessas atividades enquanto tomam o cafe, é impossível. 
Uma certa inquietude os cerca e está acontecendo comigo agora. Acordo todos os dias as 7:30 da manhã, por livre e expontânea vontade, para aproveitar o máximo que posso da cidade. Realmente, são muitas lojas, mas ao mesmo tempo, são muitas atracões. Gente de toda parte do mundo, comidas diferentes, paisagens belas entre os arranha-céus, museus de arte e de história, o maravilhoso Central Park no meio da ilha, tantas coisas para admirar que sentar numa mesa e comer de verdade já virou um hábito feito somente no Brasil para mim.
É verdade que o consumo aqui é muito grande. O que mais vejo são brasileiros saindo das lojas com as mãos cheias de sacolas e comentando de como tudo é muito barato! no brasil é um roubo! nunca mais compro nada lá!
Os deslumbramentos são vistos de todas as formas. Desde quando nos damos por conta que nenhum policial pode ser driblado até de como a segurança na Times Square no ano novo pode ser assustadora. Não podemos esperar nada diferente de um país com tantas ameaças terroristas como este. 
O conhecido american way of life nunca foi tão nítido para mim. Talvez essa pressa de viver tenha se fortificado depois do 11 de setembro, depois de milhares de ameaças contra a nação. E então tudo torna-se compreensível e aceitável, ao ponto de adotarmos esse estilo de vida para o nosso dia-a-dia. 


Museu de Historia Natural


O maior museu de historia natural do mundo está em New York. Com mais de 32 milhões de objetos, o complexo do museu localizado no Upper West Side de Manhattan atrai milhares de turistas todos os dias. Uma pequena coleção de alguns cidadãos americanos em 1869 deu origem a um dos melhores museus da América do Norte. 
Não achei quase nada em comum com o filme "Uma noite no museu", que se passa lá. O que pode causar um pouco de decepção para alguns. Na verdade o museu abrange áreas como desde o início do universo, contando como aconteceu o Big Bang, até as espécies de animais na África e América do Norte. No museu podemos ver exposições da vida aquática, pedras minerais raríssimas e muito valiosas, meteoritos (alguns com 5 bilhões de anos), a maior coleção de fósseis de mamíferos e dinossauros no mundo (sendo que alguns são mantidos escondidos do público em um andar subterrâneo), a reprodução do habitat natural de muitas espécies de animais, e, finalmente, o enorme planetário que descreve detalhadamente a história do nosso universo. 
O museu contou com doações de muitos colecionadores e pesquisadores. Até hoje tem uma parte de exposição é cedida exclusivamente para os pesquisadores. 
Desde da primeira vez que li o livro "O apanhador no campo de centeio" de J.D. Salinger, tinha uma vontade imensa de conhecer o museu de historia natural de New York. Minhas expectativas foram altas e admito que mesmo assim, me impressionei. Um lindo e enorme museu que merece um dia inteiro de visita. O preço da entrada é sugerido por 16 dólares, mas você pode pagar quanto quiser. Guarde bastante para as várias lojinhas lá dentro com livros e recordações do museu. 



domingo, 2 de janeiro de 2011

Ano Novo em New York

Quando pedi conselhos a pessoas que já passaram o ano novo na Big Apple, todos me disseram a mesma coisa: é uma funcao e tem que chegar muito cedo se quiser ver alguma coisa.
Jantamos cedo no maravilhoso restaurante Connollys (http://www.connollyspubandrestaurant.com/dev/) e às 21 horas fomos para a Times Square. Ficamos apavorados com a quantidade de segurança. Por quadra deviam ter uns 10 policiais. Para passar de uma rua pra outra tínhamos que dizer porque queríamos chegar mais perto da Times Square (afinal, quem quer chegar mais perto no ano novo né?). Revistam bolsas, mochilas e passam até detector de metais. Conseguimos lugar bem longe, mas dava pra ver a famosa bola que cai no meio da Times. Esperamos as 3 horas de pé e conversando sob o frio de alguns graus negativos, mas valeu a pena. Foi uma festa linda e vimos gente de tudo que é jeito e de todas as partes do mundo.
A festa da virada de 2010 para 2011 reuniu mais de um milhão de pessoas. E mesmo sem ameaça terrorista os atiradores estavam nos arranhas-céus da cidade. Muitos helicópteros também controlavam a segurança da ilha.
Os Backstreet Boys se apresentaram na noite, mas como estávamos longe, não conseguimos ver nem ouvir nada. Também teve uma atracão inédita, o casamento de dois fuzileiros que se conheceram no Iraque e resolveram celar a união na festa mais famosa de ano novo.


Central Park

O parque que corta um bom pedaço da ilha Manhattan é palco de muitas atrações. Entre elas posso destacar a patinação no gelo. Muitos turistas se batendo e caindo no chão pela pista do Central Park torna o cenário divertido.
Para entrar na pista e alugar os patins são 15 euros nos fins de semana e 10,50 nos dias de semana. Tem patins pra tooodo mundo em todos os tamanhos. Os que optam por só ficar olhando podem esperar nas mesas ao lado da pista. E é claro, devem tirar muitas fotos, já que dentro da pista nãé possivel entrar com câmera fotográfica. De tempos em tempos eles fecham para limpar a pista e alguma patinadora profissional se apresenta.
No dia que patinei estava 0 grau, mas dentro da pista parece 40. Vale muito a pena patinar, por mais que sejam só algumas voltas, porque afinal ninguem aqui é profissional. 
O legal do parque, é porque mesmo sendo no meio de uma cidade agitada como New York, lá da para descansar.



                                                               Patinando no Central Park


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